janeiro 24, 2009

A história de um lugar sorridente (parte II)

Se bem te lembras, quando te contei a “História de um lugar sorridente” (sim, do meu, talvez do teu…) coloquei entre parêntesis parte I. Fiz isso sem pensar muito e (isto fica entre nós… segredo, portanto…) não sabia se a ia ou não continuar. Mas como sou um rapaz de palavra (e tal…), já canta o Rui Veloso “O prometido é devido”, aqui te chega a segunda parte dessa história. (E confesso-te, já que estamos num ambiente de partilha, que neste preciso momento em que a escrevo, ainda estou indeciso se coloco ou não neste título Parte II, mas no final, agora, enquanto lês, já saberás a resposta… Espero que gostes!)
Uma das coisas que mais prazer me dá é ter um lugar onde me sinta completamente à vontade. E porque a noite, como sabes, tem um significado muito próprio para mim, é sobretudo nesse tempo que eu entro, me dispo de mim mesmo e me sento confortável ou então me deito. Umas vezes é a ver aquela série que tanto gosto (aquelas, para ser mais preciso) outras vezes é a falar com as pessoas que mais gosto, outras ainda é a ler aquele livro sempre especial (que, reconheço, estão com algum pó… já lá vai o tempo de uma boa leitura!) Como vês, são inúmeras as tarefas com que ocupo este meu tempo e preencho este meu lugar! Entre cada uma delas, seja ela qual for, há sempre tempo para uma em especial, porque quando se trata de escolher entre um livro, um filme, uma série ou um amigo, eu opto sempre pelo essencial: um amigo. No fundo, acho que os outros três não ficarão chateados, terão o seu tempo e eu me darei a eles sempre com a mesma totalidade.
Tudo isto se passa neste meu lugar entre transições quase perfeitas que adornam toda esta mudança, mas ela existe, porque tudo é mudança e o meu Lugar sabe disso! Por isso é que sempre que lá entro, ou para te ser mais sincero (e fiel ao meu bom amigo) aqui entro, descubro sempre algo novo, e nessa impressionante novidade me redescubro e me revejo. É extraordinário! Se tantas vezes somos atormentados pela monotonia, por aqueles hábitos rotineiros este é um daqueles hábitos que, por muito que o repita, é sempre diferente! Consegues imaginar o que isso é? É simplesmente “mmm” (ou seja, querido, fantástico, bom, sensacional, extraordinário… sem palavras). Seja naquele momento que já não suportas a visão de tantas coisas repetidas, ou aquele outro em que a tua própria visão te cansa, ou aquele, quase absoluto, em que o simples facto de veres é um problema, no instante em que entras no teu lugar, tudo isso se desvanece, se transforma. Se é o lugar que se transforma, se és tu que ao vê-lo mudas ou se são ambas as mudanças em simultâneo, cabe a ti descobrires. (deixo-te esse desafio) Quanto a mim, tudo é mudança: é o lugar que novamente se constrói para me acolher, sou eu que chego por uma porta diferente… permanece o desejo que tenho desse lugar, de o ocupar e de o preencher naquelas longas noites transparentes.

(Talvez para a próxima vez a história comece com "Era uma vez...")

Dá-me [um grande] sorriso!

2 comentários:

  1. Tal como o teu lugar sorridente eu tenho um tempo/lugar sorridente, algo cronológico e simultaneamente físico, algo de um outro elemento que não a terra - a água.

    Por vezes, revejo-me antes de o tempo chegar e me invadir, dou por mim envolvida num misto de curiosidade e receio, de pura expectativa. Será que vou poder expressar o meu sorriso? Aquele que vem a cima num cruzamento de rotas oculares, após o esforço do remar e a confusão da mudança de meio?

    Espero pelo momento ideal para o expressar, e quando finalmente penso ser o acertado... puff nem eu sei explicar o que sucedeu ali.

    Vale a pena escolher o momento ideal para um sorriso? Parvoice mesmo, vamos aproveitar cada oportunidade para o dar.

    E eu fico à espera do teu...

    Enquanto isso envio-te um, se bem que `*a distância =)

    Susana Barradas

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«Faz-me sorrir: surpreende-me!»

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