Dizia Santo Efrém, o Sírio (verenerado pelos irmãos ortodoxos!): "Uma boa alocução é de prata, mas o silêncio é de ouro puro".
"Se calo, ficarão em expectativa; se falo, prestarão atenção; se me alongo no discurso, colocarão a mão sobre a boca" (Sl 8,12).
Salomão pede a sabedoria a Deus e afirma que esta se revela pelo silêncio. Aquele que é sábio não se detém a perder muitas palavras. Para este, chega o silêncio, que em si guarda todas as palavras não ditas, carregadas de sentimentos e de sensações... Ora, também com Deus assim acontece.
No Seu silêncio ininterrupto, o Senhor revela-Se.
Aquilo que para nós parece ser uma ausência da Sua real presença, outra coisa não é senão, a Sua sábia presença. Como Sábio, Deus escuta o que o Homem Lhe diz. Ouve as angústias, as partilhas, os pensamentos e aprecia cada acção humana. Quem não desiste e persiste apesar deste silêncio divino, aprende a pouco e pouco a escutar melhor o Senhor.
Sim. Escutar o Seu silêncio é o desafio constante das nossas orações. Mas sem dúvida que o Senhor Se comunica através do silêncio. Tudo realiza sem nada dizer. A própria Criação não partiu do silêncio? Claro que houve uma primeira palavra: "Faça-se!". Mas quem existia para a ouvir? Foi o sopro que se formou no silêncio da Trindade que foi esse dedo criador.
Maria, ao saber da obra divina que iria acontecer em si, também tudo guardou no seu coração materno em silêncio, sem se manifestar. Foi sábia. Ao guardar tudo no seu coração, permitiu que a acção silenciosa do Espírito se desenvolvesse naquela tranquilidade única, que só em Deus fazia e continua a fazer sentido.
Só Deus sabe o que terá sido aquela noite misteriosa no Horto das Oliveiras, quando o Senhor Se preparava para ser levado para a Nova Páscoa! Que terá sido dito no seio da Trindade? Que mistério!
De facto um silêncio profundo, misterioso, oculto e único terá coberto a Terra... tal como nos fala aquela famosa e lindíssima homilia do século IV a propósito do Sábado Santo:
"Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam à séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos".
Na Cruz o silêncio de Deus foi a única ordem que Deus deu ao Cosmos. Tudo havia sido dito até então. Agora, a humanidade está por sua conta e risco no que respeita à liberdade e à procura da Verdade.
Os sábios sabem onde procurar... no silêncio, naquele silêncio de Deus, profundo e misterioso.
"Se calo, ficarão em expectativa; se falo, prestarão atenção; se me alongo no discurso, colocarão a mão sobre a boca" (Sl 8,12).
Salomão pede a sabedoria a Deus e afirma que esta se revela pelo silêncio. Aquele que é sábio não se detém a perder muitas palavras. Para este, chega o silêncio, que em si guarda todas as palavras não ditas, carregadas de sentimentos e de sensações... Ora, também com Deus assim acontece.
No Seu silêncio ininterrupto, o Senhor revela-Se.
Aquilo que para nós parece ser uma ausência da Sua real presença, outra coisa não é senão, a Sua sábia presença. Como Sábio, Deus escuta o que o Homem Lhe diz. Ouve as angústias, as partilhas, os pensamentos e aprecia cada acção humana. Quem não desiste e persiste apesar deste silêncio divino, aprende a pouco e pouco a escutar melhor o Senhor.
Sim. Escutar o Seu silêncio é o desafio constante das nossas orações. Mas sem dúvida que o Senhor Se comunica através do silêncio. Tudo realiza sem nada dizer. A própria Criação não partiu do silêncio? Claro que houve uma primeira palavra: "Faça-se!". Mas quem existia para a ouvir? Foi o sopro que se formou no silêncio da Trindade que foi esse dedo criador.
Maria, ao saber da obra divina que iria acontecer em si, também tudo guardou no seu coração materno em silêncio, sem se manifestar. Foi sábia. Ao guardar tudo no seu coração, permitiu que a acção silenciosa do Espírito se desenvolvesse naquela tranquilidade única, que só em Deus fazia e continua a fazer sentido.
Só Deus sabe o que terá sido aquela noite misteriosa no Horto das Oliveiras, quando o Senhor Se preparava para ser levado para a Nova Páscoa! Que terá sido dito no seio da Trindade? Que mistério!
De facto um silêncio profundo, misterioso, oculto e único terá coberto a Terra... tal como nos fala aquela famosa e lindíssima homilia do século IV a propósito do Sábado Santo:
"Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam à séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos".
Na Cruz o silêncio de Deus foi a única ordem que Deus deu ao Cosmos. Tudo havia sido dito até então. Agora, a humanidade está por sua conta e risco no que respeita à liberdade e à procura da Verdade.
Os sábios sabem onde procurar... no silêncio, naquele silêncio de Deus, profundo e misterioso.
Morgado obrigada pela partilha gostei muito muito mesmo =D
ResponderEliminar"Ao guardar tudo no seu coração, permitiu que a acção silenciosa do Espírito se desenvolvesse naquela tranquilidade única, que só em Deus fazia e continua a fazer sentido."
Nós ao fazermos silêncio tb estamos a permitir que o E.S se desenvolva em nós sem nos apercebermos... =D
Acho que tb estou a precisar de um retiro ehehe
Beijinhos a sorrir*
Por acaso pensei no silêncio durante o retiro que acabei hoje mesmo =D
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