fevereiro 03, 2009

O sorriso... expressão da alma... ou do sentir do ser...


"To be or not to be, that's the question!"

William Shakespeare


Ser ou não ser era a questão que o dramaturgo inglês lançava como uma questão intemporal e que havia tido origem milénios antes, mas que ao seu tempo via necessário recuperar.
A nossa existência é em nós uma realidade necessária e absoluta, de tal forma que não a podemos evitar. Existimos... somos... É mesmo assim, e nada altera esta verdade ontológica.
Enquanto seres humanos, racionais por natureza e definição, alicerçados num fundamento ético e axiológico, cabe-nos encontrar meios de nos expressar. O espírito que habita cada um de nós (e não me refiro ao Espírito!)tem uma vivência, tem situações, momentos, sentimentos, e outros tantos acontecimentos que não cabem apenas na nossa humilde, mas complexa estrutura ontológica. Eu sou, existo e portanto vivo diversas situações consoante aquilo que sou e aquilo que quero ser, ou mesmo mediante aquilo que me é dado ser, viver e a existir.
Exprimir o que a alma sente, ou que nós sentimos ou mesmo o que somos, é tão difícil quantas pessoas existem no mundo e portanto quantas almas existem e se relacionam. Mas podemos, creio, ver no sorriso essa forma tão singular e tão singela para exprimir o que vivo e sinto.
Dizem que os olhos são o espelho da alma... Concordo e corroboro. Mas também o sorriso inocente, delicado, propositado, "amarelo", condescendente, tímido, envergonhado, interessado, ... também ele (ou todos eles) é expressão da alma, e portanto reflecte o que ele é ou pode ser. Quando sorrio, sorrio para alguém e por isso ao sorrir, faço-o com o propósito de me comunicar, ... Também posso sorrir sozinho, e aí poderei sorrir de situações curiosas que a extensa memória guarda em si mesma. Mas lá está! Sorrio de um acontecimento partilhado, não necessariamente isolado de um outro. Se assim é, então lá comunico aquilo que trago nas minhas memórias, que integram o meu ser e portanto, expressam o que também sou...

Quando sorrirmos não o façamos sem a consciência de que poderemos estar a reflectir a nossa maneira de ser e de existir e portanto, a nossa alma, a um outro, que em si mesmo também guarda as motivações do seu sorriso, e com ele, guarda aquilo que ele é.

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«Faz-me sorrir: surpreende-me!»

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